Eu nasci em Trás-os-Montes Ao pé da serra, ao pé da serra E aprendi desde bem cedo A viver da terra, viver da terra Eu nasci em Trás-os-Montes Ao pé da serra, ao pé da serra E aprendi desde bem cedo A viver da terra, viver da terra Fiz pão do trigo cegado Aprendi a sentir o vinho nas videiras E a ser feliz junto ao campo Sonhar acordado sob as oliveiras Ah, se eu disser que não sinto saudades Eu minto pra poder viver Ah, se eu disser que não sinto saudades Eu minto pra poder viver Eu nasci em Trás-os-Montes Num arvoredo, num arvoredo E aprendi a ver a vida Sem sentir medo, sem sentir medo Vivi sem muitos cuidados Corri atrás de gados, dormi no lameiro E se hoje um artista me mostro Por dentro o que eu gosto é ser um ceifeiro Ah, se eu disser que não sinto saudades Eu minto pra poder viver Ah, se eu disser que não sinto saudades Eu minto pra poder viver Eu nasci em Trás-os-Montes Ao pé da serra, ao pé da serra E aprendi desde bem cedo A viver da terra, viver da terra Eu nasci em Trás-os-Montes Ao pé da serra, ao pé da serra E aprendi desde bem cedo A viver da terra, viver da terra Trago o coração marcado Por este passado entre rios e fontes Mas quem lá viveu entende Quanto dói na gente deixar Trás-os-Montes Ai, se eu disser que não sinto saudades Eu minto pra poder viver Ai, se eu disser que não sinto saudades Eu minto pra poder viver Ah, se eu disser que não sinto saudades Eu minto pra poder viver Ai, se eu disser que não sinto saudades Eu minto pra poder viver