Sob a chuva ou sob o sol A lua ou a luz do farol Ilumina o meu caminho Sempre a inventar, letras Palavras e números Imagens que nascem Distraídas ao nosso redor E tudo o que vejo nas ruas Nas paredes de concreto É você a dar o tom Desse meu descompasso Porque ando na multidão Bem longe dos seus olhos Que só conseguem assistir Nada além do que é preciso Esse tempo o tudo é tão vago Mas é da mais sóbria fantasia Que cingimos essa realidade Incerto como num passeio Olho um hipogrifo no asfalto Como o poeta a predizer no caos Que todo o pão é o suor; e o amor É a nossa maior vaidade Que todo o pão é o suor; e o amor É a nossa maior vaidade