Cantigas de amor já cantei, No vento, os meus sonhos embalei. Buscando o amor perdido, solo esquecido Onde o meu pranto foi meu canto nu... Andei ancorado em mim Perdido a me olhar nos camarins Temendo a própria vida, voltas, idas, Cais, adeus, partidas... Tantos naufrágios avistei Já fui dono de mim, já me pertenci, E hoje vejo o quanto estou só... Canções no varejo cantei, Joguei o destino ao chão Tornei-me um poeta ou talvez profeta A cantar na imensidão.