De insensíveis Este mundo está repleto Tem gente que passa perto De uma rosa sem olhar Não ouve o canto Do sertão fazendo festa Não vê cores na floresta Nem belezas no luar E nem percebe Que a gota de orvalho Tremulando cai do galho Quando Deus determinar Estes pertencem À legião dos insensíveis Tantas belezas visíveis Não sabem admirar Mar, solte a voz pra despertar quem está dormindo Sol, astro rei, derrame a luz que o chão clareia Céu, mande a cor para que os olhos dessa gente Possam enxergar que somos simples grãos de areia Eu tenho pena de quem pisa o chão do mundo Sem saber quanto é profundo O motivo de existir Sem contemplar o pôr-do-sol atrás da mata O barulho da cascata sobre as pedras ao cair Feliz daquele que tem sensibilidade Pra entender que a saudade é o caminho pra voltar Pra encontrar ao galopar do pensamento Nos confins do firmamento a morada do luar Mar, solte a voz pra despertar quem está dormindo Sol, astro rei, derrame a luz que o chão clareia Céu, mande a cor para que os olhos dessa gente Possam enxergar que somos simples grãos de areia