Roberta Cajueiro

Infância

Roberta Cajueiro


É, na minha mente, o tempo ainda não passou
Tá tudo arquivado como no computador
Ainda me lembro do meu tempo de criança
Ah! Saudades dos meus avós!

A minha avó Noélia era doce como açúcar
Meu avô Aurélio, era um favo de mel
Mas quando se zangava, perdia as estribeiras
Ai meu Deus do céu!

Meu avô Messias tinha personalidade forte
Como a onda do mar, que vai e vem
Poeira da estrada, vento que sopra do Norte
Mas, como ele, não tinha ninguém

Da minha avó Nalvinha, eu só ouço falar
Partiu muito cedo, foi embora dessa vida
Mas, um dia, eu pretendo te encontrar
Botar o papo em dia e poder te abraçar

É, agora eu vou falar um pouco dos meus pais
Meu atracadouro, minha base, meu cais
Meu porto seguro, sempre pra me acolher
Minhas raízes mais profundas, meu bem querer