Muitas vezes não sei o que quero Deixo meu corpo se expressar Se o coração quer aventura Eu dou amor a carne Se ele quer ternura Sente dor, morde ou late. Correr de mãos dadas Gritar pelas ruas nas madrugas escuras Rir de tudo que desagrada Sentir cada curva A textura do teu corpo. O rosto de anjo, bebê Só reflete meu lado ainda criança Eterno garoto cheio de esperança. Cedinho vou embora sem me despedir Mas sei muito bem que irei sentir Mais tarde quando não estiver Aqui enrolando meu cachos, Devorando-os no olhar Lembrando-me: O quanto foi bom ser criança.