Sou filha do sol, sou da terra Gerada no meu sertão Criada na luta, labuta Plantando e buscando o pão Meus olhos são de menina O corpo já é de mulher Quem não usa creme nas mãos Mas batalha com garra e fé Que acorda com o sol nascente E já prepara o café Busca lata d'água na cabeça Andando léguas a pé Meus olhos são de menina O corpo já é de mulher Quem não usa salto alto Mas batalha com garra e fé Sou maria, sou filha da noite e do dia Trabalho no dia a dia Sou filha do sertão Sou maria, sou mãe, sou mulher Ainda dou cafuné no meu 'lampião'