Rionegro e Solimões

Sonho de Um Caminhoneiro (part. Trio Parada Dura e Gilberto & Gilmar)

Rionegro e Solimões


Eram dois amigos inseparáveis
Lutando pela vida e o pão
Levando um sonho de cidade em cidade
De serem donos de seu caminhão
Com muita luta e sacrifício
Para pagar em dia a prestação
Se realizava o sonho finalmente
O empregado passa a ser patrão

Suas viagens eram intermináveis
De cansaço, de poeira e chão
E um dos amigos, um recém casado
Ia ser pai do primeiro varão
Com alegria vinham pela estrada
Não vendo a hora de chegar
E o caminhoneiro disse ao amigo
Vou lhe dar meu filho para batizar

Mas o destino cruel e traiçoeiro
Marcou a hora e o lugar
A chuva fina e a pista molhada
Com uma carreta foram se chocar
Mas como todos tem a sua sina
Um a morte não levou
E agonizante nos braços do amigo disse
Vá conhecer meu filho porque eu não vou

Naquela curva à beira da estrada
Uma cruz ao lado do pinheiro
Marca pra sempre onde foi ceifada
A vida e o sonho de um caminhoneiro

Com a morte do companheiro
A saudade vai chegar
Aqueles bons e velhos tempos
Nunca mais irão voltar