Rionegro e Solimões

Ela Não Veio

Rionegro e Solimões


Madrugada tudo é agonia
Já é quase um novo dia
Outra vez ela judia
Deus do céu que covardia
Ela não veio

Lua branca, Lua encantada
Que clareia a madrugada
Estou chorando na calçada
O beijo da mulher amada
Que não veio

Bate o desespero já não sei
O que fazer
Daqui a pouco um novo dia
Vai nascer
E eu aqui sem ela
Preciso me conter, me dominar
Pra quando o dia clarear
Ninguém me ver nesse chorar
Aqui, por ela
Lua daqui a pouco vai embora
Diz pra Deus, Nossa Senhora
Que a saudade me devora aqui
Sem ela

Coração bate no peito com a força de
Um tambor
Tudo isso é saudade, saudade do
Meu amor
Diz que vem e nunca vem
Me deixa sempre sem ninguém
Chorando na calçada
Quando um grande amor apronta
A gente chora
A gente anda louco
Pela madrugada

Coração toma juízo
E aceita a realidade
Dê um basta nesse amor
Chega de tanta saudade
Coração finge de mudo
Sempre dá uma de surdo
Quando o assunto é esse amor
Meu coração só inventa
Não sei como a gente aguenta
Um dia a corda arrebenta
E a gente morre de amor