Eu sou o zé ninguém Aquele que esqueceram de desejar o bem Eu sou o estrangeiro O xenofóbico e o maconheiro Tenho um distúrbio assassino E um também democrático Observo meu vizinho Só vejo culpa em todos Não vejo razão em ninguém Confundo o mal e bem Eu sou a malandragem Do presidente, só a ingenuidade Eu sou o rotulador, As vezes médicos e as vezes doutor Tenho um distúrbio assassino E um também democrático Observo meu vizinho Só vejo culpe em todos Não vejo razão em ninguém Confundo o mal e bem Não é que eu seja o zé ninguém Pra ser pior tem que se dar bem Faço parte da luxuria e da vitória Não quero mendigar amor, muito menos quero mendigar glória O meu dilema é ser Porque é melhor ser um do que ser cem