Andar, andar Minha vida ninguém pode mandar! Procurando pela paz, aruanda Eu não vou bater panela na varanda! Rua nós vamos ocupar Voar, vivendo sem culpa Os vilão não vão se preocupar Azedo como limão, chupa! O escravo preso na corrente E hoje temos corrente no pescoço! Sem bala no pente e colete Tô querendo banquete no almoço, hãn! Burlei, faço minha lei Alma rebelde, Bob Marley! O império dos preto se rebela Jogo da velha, pronto, falei! Hãn! Era escravidão, muros, o casarão Era nosso limite! Eu não quero colher o algodão Mas eu quero vestir coleção Herchcovitch O perfume flutua no ar Várias sick bateu Já me deu apetite! Poderoso que nem faraó E uma nega lindona tipo Nefertiti Nossa coragem levanta Pro nosso medo encolher! Fui convidado pro jantar Migalhas não vou recolher! Vida me chama pra cantar Sem fuga, livre pra correr! Um bom terreno pra cantar E a casa preta se arder! (Lêrê rêrê!) Não vamo mais querer Senzala nunca mais! Amor, o meu ver No quilombo é fuzuê! Nosso ritual vai ter auê! Liberdade pra viver (Iêiê iêiêe!) Olhando de fora da vitrine Os carros da hora, Lamborghini Vender a cultura é loucura Pegue logo seu fura, elimine Pretinha rainha, ensine! Chamando atenção sem o biquini Os rap dos cone é Danone Quando tá no meu nome é Contini Meia volta, Mussolini, rai ai! Salve, salve, CLSI Logo fico mais forte, entendeu, pai? Verdinho na lata, Popeye! Rai! Tô escurecendo o meu verso Tipo vitiligo com efeito inverso Há! Microfone meu brinquedo É por isso que minhas palavras eu meço Vamo atacar Pra se proteger Pra se destacar Não temos que se esconder! É perder o pudor Pra ganhar o poder Sem deixar o amor Nossa coragem levanta Pro nosso medo encolher! Fui convidado pro jantar Migalhas não vou recolher! Vida me chama pra cantar Sem fuga, livre pra correr! Um bom terreno pra cantar E a casa preta se arder! (Lêrê rêrê!) Não vamo mais querer Senzala nunca mais! Amor, o meu ver No quilombo é fuzuê! Nosso ritual vai ter auê! Liberdade pra viver (Iêiê iêiêe!)