Levantei a tampa Voltei ao passado Meu mundo guardado dentro de um baú Encontrei no fundo todo empoeirado O meu velho laço bom de couro cru Me vi no arreio do meu alazão Berrante na mão no meio da boiada Abracei o laço, velho companheiro Bateu a saudade, veio o desespero Sentindo o cheiro da poeira da estrada Estrada que era vermelha de terra E o progresso trouxe o asfalto e cobriu Estrada que hoje chama rodovia Estrada onde um dia meu sonho seguiu EStreada que antes era boiadeira Estrada de poeira, de sol, chuva e frio Estrada ainda resta um pequeno pedaço A poeira do laço que ainda não saiu