Busco notas como quem para um rodeio Num forte anseio de reponta da canção Meu pingo é pingo alçado no freio Com arreios e versos de galpão Todo xucro há de se amansar um dia Na parceria de mando e dente de espora E para isso sempre haverão melodias Indo com timbres com saudade lá de fora Pra nós que trazemos barro na sola da bota E olhos que notam a beleza de uma flor A vida se aparta entre o campo e a mangueira E aos carinhos que se dá a um grande amor Vou dedilhando as cordas na madrugada Na infinda estrada de campear rimas e tentos Bebo o apojo da noite linda e estrelada Em versos oscos que campeiam o pensamento Dou sentimento, minha canção é lindeira A vida inteira sempre campeando emoções Para mostrar as belezas dessas lonjuras E a ternura de quem vive nos galpões