Sempre me lembro das rosas Quando das pétalas murchas Sempre me lembro do dorso Pregado em meu próprio corpo Vário, imperfeito Sempre a lembrança das rugas Dos desencontros das linhas Sempre esfacelo-me a carne Desintegro nas vontades minhas Volição, desejo E assim a vida Vai com a vida Embora vivida E a roda vida Viva girassol Sou eu Se vida esvai Não sou mais Nunca me esqueço da sorte Quando há vida por um fio Sinto minh’alma distante Apostando com meu destino Da vida, quero Da vida, coisa Da vida, para viver E aqui fora já outra rosa Me esqueço do recomeço