O coronér João de Andrade Fazendeiro afamado Vivia com a famia Na cidade de Machado Tinha quatro fio home Um era moço formado Mas Joãozinho, o caçula Teve um destino traçado Desde quando veio ao mundo Das perna era aleijado O seu pai, por ser um home Da arta sociedade Tinha vergonha que o fio Saísse pela cidade Quando chegava visita Gente descomungado Trancava o fio num quarto Sem dó e sem piedade Era mesmo revortante Tamanha perversidade Quando fez vinte e um ano Triste fato acontecia Seu pai lhe tocou de casa Isto foi uma covardia Para não morrê de fome Veja o que ele fazia Arrastando pelas rua A mais triste tirania Começou vendê bilhete Pra um chalé de loteria Quando foi um certo dia Trinta bilhete pegou Pelas rua da cidade O dia inteiro rastejou Não vendeu nenhum bilhete Muito triste ele ficou Ele começou olhar Os bilhete que encalhou De tristeza ele morreu Sua vida terminou As seis e meia da tarde Uma notícia espalhou Que alguém daquela cidade Uma sorte grande tirou Cinco milhão de cruzeiro Quem seria o portador Na casa de loteria Uma ambulância chegou Com o aleijadinho morto Que na rua ele tombou Seu patrão neste momento Seus bolso examinou E o bilhete premiado Com o aleijadinho encontrou O pai do aleijadinho O seu pecado pagou Morreu pobre na miséria Porque foi merecedor A vida do aleijadinho Desse jeito terminou