Sempre a vida nos pergunta Aquilo que queremos ser Com o tempo vão-se os anos E esquecemos de escolher Algemas de ouro nos prendem Nos fazem deixar de acreditar Que há coisas como o vento Se sente, mas não se pode enxergar Palavras bonitas eu já sei de cor Me ensine as palavras que Não me deixem morrer só Entre o céu e a terra Há mais do que me alcança a vista E o que eu mais preciso Meus olhos não conseguem ver Em tudo procuro um sentido Encontro regras que não sabem amar Multidões envaidecidas Atrás de versos Que não podem salvar Me conte suas mentiras mais lindas Diga que todos são iguais a você Mas não se esqueça das partes vazias Aquelas que você insiste em esconder Palavras bonitas eu já sei de cor Me ensine as palavras que Não me deixem morrer só Entre o céu e a terra Há mais do que me alcança a vista E o que eu mais preciso Meus olhos não conseguem ver Se quer o bem que não se faz O mal que eu não quero, eu faço E me pergunto até onde vai A liberdade dos meus passos Nos limites da razão Na imperfeição do meu ser Encontro, às portas do infinito, Inspiração pra crer Entre o céu e a terra Há mais do que me alcança a vista E o que eu mais preciso Meus olhos não conseguem ver