Bem-vindo à cidade cinza Onde os corações são cobertos pela neblina Todas nossas vidas feitas de momento Corpo fechado com ferro e cimento Acreditamos viver como nos convém Quando na realidade somos todos reféns De uma mesma intriga De um mesmo ego Lutando para enxergar E acabando cegos E acabando cegos E então, quando você perceber Já se extraiu tudo que tinha dentro de você E então, quando você perceber Será tarde demais pra acordar Bem-vindo à cidade cinza Governantes e garrafas com gasolina Gestos de paz e atos de rancor Propagam-se mais que ideais de amor Tento viver nesta condição Mais algumas palavras e estamos em contradição Com nossa própria vida Com nosso próprio credo Por acreditar demais Em um homem de terno Começou o inverno! E então, quando você perceber Já se extraiu tudo que tinha dentro de você E então, quando você perceber Será tarde demais pra acordar! Caminhando com a vida foi que percebi Que para alcançar além do que nunca consegui É preciso ser mais do sou, ver além do que eu sou Ser bem mais do que eu sou Olho pela janela e a chuva começa Pra molhar a culpa de quem tem pressa A cidade nunca vai mudar Não vai mudar Não vai mudar Prepare; suas chances; ou mude; sua vida! São só; corações; que passam na avenida A vida; a morte; não conte; com a sorte Juro; não sou eu; que quero; ser Deus