No meu casebre Tem um pé de mamoeiro Onde eu passo o dia inteiro Campeando minha amada Uma cabocla Que trabalha ali defronte Carregando água da fonte Pra levar pra peonada E cada vez Que ela carrega um balde d'água Leva junto minha mágoa Pendurada em sua mão Mas eu não posso crer Que em época presente Ainda exista dessa gente Com tão pouco coração Ela podia Viver bem sem ir à fonte Se casasse com Zé Ponte Esse caboclo que aqui está Pra ela eu ia Construir minha palhoça Plantar coisas numa roça Que nunca pensei plantar E se mais tarde Nos viesse a petizada Tendo a bolsa recheada De dinheiro pra comprar Um petizinho pra Juquinha Um violão pra Isabel E para ela Tudo o que eu pudesse dar