Ai, ai, que bom Que bom que bom que é Uma estrada e a lua branca Uma gente andando a pé. Ai, ai, que bom Que bom que bom que é Uma estrada e a lua branca No sertão de Canindé. Automóvel lá nem se sabe Se é homi ou se é mulé Quem é rico anda em burrico Quem é pobre anda a pé. Mas o pobre vê nas estradas O orvalho beijando a flor Vê de perto o galo campina Que quando canta muda de cor. Vai molhando os pés no riacho Que água fresca Nosso Senhor Vai olhando coisa a grané Coisa que prá mode ver O cristão tem que andar a pé. Ai, ai, que bom Que bom que bom que é Uma estrada e a lua branca E uma gente andando a pé. Ai, ai, que bom Que bom que bom que é Uma estrada e a lua branca No sertão de Canindé.