Conheço um cara que toma muita cachaça Todo dia ele passa no buteco prá beber Lá toma uma, toma duas, toma três Prá curar a embriaguês E dos problema si esconder Lá no buteco tá sempre cheio de amigos O pobre se faz de rico Todo cheio de razão Na sua casa não tem nada falta tudo Esse cara é um vagabundo Que não tem nenhum tostão Quando tá frio toma uma o clima esquenta Essa cachaça milagrenta Cura até dor de paixão Na sua casa sua velha está cansada De tanto levar pancada Empurra, empurra e pescoção Quando ele chega chuta ela pisa em cima Lá já não existe clima Não existe mais razão E ela mesma já falou prá vizinhança Vai haver uma mudança Quando o maridão chegar Já não é ódio, nem amor e nem paixão Vai ser na mão-de-pilão Que o porre dele vai passar Ele não presta, faz o que vier na teia Todo dia ele passeia E vai parar no butiquim è um nó cégo que até dá nó em goteira Quando pede a saideira É prá perder o estupim Vendeiro fala que ele tá devendo tanto Não atende ele enquanto Não pagar o que já deve Eu só lhe pago se ocê me vendê mais uma Nesse papo ele arruma Um inimigo que o serve Perde a cabeça, inferniza não dá conta De pagar a sua conta É aí que coisa ferve Na sua casa sua velha está cansada De tanto levar pancada Empurra, empurra e pescoção Quando ele chega chuta ela pisa em cima Lá já não existe clima Não existe mais razão E ela mesma já falou prá vizinhança Vai haver uma mudança Quando o maridão chegar Já não é ódio, nem amor e nem paixão Vai ser na mão-de-pilão Que o porre dele vai passar