Ah, quanta vez, na hora suave Em que me esqueço Vão passar um vôo de ave E me entristeço! Por que é ligeiro, leve, certo No ar de amavio? Por que não vai sob o céu aberto Sem um desvio? Por que ter asas simboliza A liberdade Que a vida nega e a alma precisa? Sei que me invade Um horror de me ter que cobre Como uma cheia Meu coração, e entorna sobre Minh'alma alheia Um desejo, não ser ave Mas se poder Ter não quê do vôo suave Dentre em meu ser