Ao ouvir as aves cantando Quando as últimas ondas do mar regiam seu coração Foi que o vento a levou para as terras Onde todos sabem onde pisar Sem vertigens e riscos do mar E a navegante desembarcou E a sua nau encalhou em armadilha do atol E ela aprendeu a negar o mar Contemplando mil léguas pra não ser ninguém Ao sentir a maré recuando O seu rosto sentia o ar em só uma direção E conheceu os enganos das terras Onde se apossar é se escravizar Se rendendo ao tédio do ar E a navegante se revelou Viu um espelho no mar, era um presente do Sol E percebeu que o seu próprio lar São só suas palavras e o corpo que tem Se eu não me prendesse um dia não me convenceria Que um dia é pouco pra conhecer o Sol