Eu sinto que ela vem chegando Posso ouvi-la por trás da porta Passinhos curtos, bem devagar Minha razão nesse caso pouco importa E ela vem tão sutil como o vento Que mais eu poderia pensar? Olhando o relógio eu anseio a sua presença Luz, câmera, ação Lá vem ela Ela vem devagar Como alguém que não quer Deixar vê-la dançar Mas ela pode, eu sei Ela nunca irá pousar Como alguém que quer Um dia parar Ela não pode, eu sei A mesa já está posta Mas os pratos esfriaram Nem percebi que estava a luzes de velas E elas já se apagaram Se as estrelas se apagassem E se o tempo parasse Nem ligaria, pois pra todo o resto eu sou tão blasé Ela vem devagar Como alguém que não quer Deixar vê-la dançar Mas ela pode, eu sei Ela nunca irá pousar Como alguém que quer Um dia parar Ela não pode, eu sei Ela tem em seu toque A cura, o bosque Para florescer o deserto que eu criei Ela se perde em seus cabelos Como pétalas de lótus Em ventos simplórios Sentada no topo do céu Ela vem devagar Como alguém que não quer Deixar vê-la dançar Mas ela pode, eu sei Ela nunca irá pousar Como alguém que quer Um dia parar Ela não pode, eu sei