Olha, se porventura for embora
Traz o leite e o pão
E faz um café para eu jogar fora
Como tu me jogas e procura outra
Outra aventura, outro romance
Quisera fosse outro
Outro acaso, uma outra chance
Mas ainda assim eu volto a te procurar
O teu sortilégio não acaba nunca nunca nunca nunca
Deita em minhas mãos teu pé cansado
Para eu massagear teu ego
E te amar errado
Porque a aventura é cada vez mais certa
Ela te dá tudo que eu nunca pude dar
E jamais poderei
Novas sensações, te faz rir sem pensar
Quem dera eu soubesse mágica
E lançasse uma maldição
Que te trouxesse de volta ao usual
Porém, assim, de forma trágica
Isso é uma contradição
Pois quem sou eu para dizer o que é normal?
Mas ainda assim eu volto a te procurar
O teu sortilégio não acaba nunca
E ainda hoje eu penso em te proteger
Não é segredo, todo mundo sabe
Que eu amo mulheres como você
