Saí uma noite andar pelos campos Vi os pirilampos no céu revoar A brisa noturna tranquilo e tão calmo Me trouxe na alma divino inspirar Os meus pés molhados da relva macia As gotas tão frias em pleno luar Aí pude ver que o grande arquiteto Fez no firmamento tão grande projeto Nem mesmo a ciência pode desvendar Me fez entender a mãe natureza Que toda a beleza suspensa no ar Tudo foi criado pelo Onipotente Tão simplesmente com o seu falar Do nada criou gado, aves e feras Fez o homem da terra e deu vida ao soprar Também separou as águas correntes Fez águas frias, também águas quentes Também águas doces e a salgada do mar Tão cheio de astúcia vem o ser humano Dizendo em seus planos que faz e desfaz Querendo provar através da ciência Que tudo que pensa no mundo é capaz Esquece que o homem de si não faz nada É um vulto na estrada, errante e vazio Porque o homem de espírito pobre Que nada inventa, apenas descobre Somente os mistérios que Deus permitiu