Mais um ano se passou E novamente chegou Mês de dezembro afinal As famílias se reúnem É tradição e costume Comemorar o Natal Mesa toda enfeitada Bebida cara importada Coisa fora do normal Dia e noite a festa emenda Mas quase ninguém se lembra O motivo principal A noite que antecede Todo mundo come e bebe Quando chega a zero hora Os amigos e parentes Fazem troca de presentes Tem até gente que chora Me lembro de antigamente Tudo era diferente Dos costumes de agora A grande festa formosa Era mesmo religiosa Naquele sertão de outrora Pra ver a missa do galo Vinha gente a cavalo De carro de boi até Pra cumprir com devoção De toda aquela região Muita gente vinha a pé A capelinha lotava Aquela gente rezava Numa profissão de fé Depois da missa os violeiros Reunidos no terreiro Louvavam Jesus de Nazaré A grande demagogia Que se nota hoje em dia Mesmo até na religião Enganadores do povo Sempre tem um golpe novo Atacam sem compaixão Sem rancor e sem receio O homem destrói os meios Onde vivem seus irmãos Por todos nós é sabido Que o homem será banido Por si próprio deste chão