O índio amigo Perdeu terras Perceu mar Perdeu sua inocência E seus rios de pescar O negro alegre Do seu lar se separou Perdeu sua liberdade Na senzala então cantou O branco trouxe Sua fé sua ambição Tudo que ele acreditava Fosse a civilização Muita coisa se perdeu Muito grito o mar levou Mas o sangue não se esquece Muita dor se misturou Curimã, curiê Tudo em volta ainda sangra De três raças tristes Foi que nasceu meu samba