Tão livres quanto em um automóvel Mas olhe para o lado e veja as mãos de quem está ao volante, enquanto tudo é Documentado, fiscalizado e identificado, registrados na parede do estado Pegue a fruta à margem e se alimente com a dispensa de uma produção Caminhe por estradas de terra interditadas por entulhos do governo Longe de uma vista mas logo outra lhe espera, nas vias pré determinadas do estado Desistir não faz parte do crescimento e da evolução Olhos fechados e lacrimejados pela fumaça Pés descalços calejados e feridas expostas A dor no ouvido de ouvir o choro dos próprios filhos O coração partido por não seguir o seu destino Leste –oeste, norte-sul, latitude-longitude em nome do pai, do governo e do santo capitalismo aquém Tão fácil é conseguir um mapa e segui-lo, fácil também é construir os destinos, se desviando para grandes fontes de prazeres e de belezas naturais, de explorações ecológias mas desviando as grandes massas aos centros de produção Não pegue o mapa, não siga ao mapa. Rasgue o mapa Rasgue, rasgue o mapa Buscando em seu caminho uma fuga para do seu destino Na busca por sua liberdade Mas há ainda há aqueles que desfrutam das suas pernas, buscando em seus caminhos uma fuga do seu destino Pegue a fruta à margem e se alimente com a dispensa de uma produção Pegue a fruta, se alimente e pense como seria se traçasse o seu próprio destino Esvaindo de seus perímetros, escolhendo os seus caminhos e desviando dos obstáculos do estado Pegue a fruta à margem, se alimente e pense como seria se traçasse o seu próprio destino Rasgue o mapa Na busca por sua liberdade