Sou Ilê Aiyê do reino de Oyá, do reino de Obá Obatalá, Obá Niger, obá-axé caô Sou Ilê Aiyê do reino de Oyá, do reino de Obá Obatalá, Obá Niger, obá-axé caô Êh êh êh, serra da barriga êh Êh êh êh, Zumbi, Gangazumba êh Êh êh êh, serra da barriga êh Êh êh êh, Zumbi, Gangazumba êh Tumbeiro palavra que lembra tumba, sepultura Imensos navios negreiros Transportavam pobres criaturas negras Transportavam pobres criaturas Momentos de habitação Coletiva começava então Para o negro integrar-se na vida Trabalhando em muitas condições O indigente acostumado A viver livremente em padrão Chegava o capitão do mato Conduzindo o negro ao porão E diz o negro: Piedade, senhor compaixão E diz o negro: Piedade, senhor compaixão Serei, serei Serei, serei uma força armada do velho Olorum Serei, serei a continuação pelo negro nagô A liberdade primitiva é dada pela mão de Deus E o Ilê-Aiyê conduz na história o que o Zumbi sofreu Sou Ilê Aiyê do reino de Oyá, do reino de Obá Obatalá, Obá Niger, obá-axé caô Sou Ilê Aiyê do reino de Oyá, do reino de Obá Obatalá, Obá Niger, obá-axé caô Êh êh êh, serra da barriga êh Êh êh êh, Zumbi, Gangazumba êh Êh êh êh, serra da barriga êh Êh êh êh, Zumbi, Gangazumba êh Palmares, palavra que lembra Zumbi, Gangazumba Nos caminhos do Ilê-Aiyê Quinze anos de lutas e glórias negras Quinze anos de lutas e glórias Quilombos na habitação Guerrilhas travadas então Emergem do sopé do morro Um sonho de libertação Gangazumba envenenado A morrer livremente em traição Escolhido o capitão Zumbi Como chefe desta legião E diz o negro: Liberdade, sou Ilê Aiyê E diz o negro: Liberdade, sou Ilê Aiyê Sou Ilê Aiyê Sou Ilê Aiyê do reino de Oyá, do reino de Obá Obatalá, Obá Niger, obá-axé caô ô ô Sou Ilê Aiyê do reino de Oyá, do reino de Obá Obatalá, Obá Niger, obá-axé caô ô ô Êh êh êh, serra da barriga êh Êh êh êh, Zumbi, Gangazumba êh Êh êh êh, serra da barriga êh Êh êh êh, Zumbi, Gangazumba êh