Sê bem vindo ás páginas do caderno oculto Que escrevo desde sempre e pelo qual estou de luto Subo ao palco de preto com as cortinas fechadas Oiço o grito de uma multidão em caras apagadas São vozes e cor que aclamam o meu regresso São gritos de inveja que querem o meu sucesso Será que imaginas o quanto tenho de aturar Só para o novo tema te conseguir entregar Divido o peso responsabilidade carrego Esse carinho são os meus olhos para quando me sinto cego Esse brilho no olhar diz-me o que é que revela Será que ainda sou estrela sem vir no ar que apela Será que ainda te lembras quando acabar a novela Será que ainda te iludes e corres atrás dela Aproxima-te, quero-te contar um segredo: Sou forte mas falho e da verdade tenho medo (Refrão) Eu sou o vento que te passa ao lado Sou como a noite e um caderno apagado Sou um abraço que da dor te conforta Sou a paixão e o poema que importa Eu sou o vento que te passa ao lado Sou como a noite e um caderno apagado Sou um abraço que da dor te conforta Sou a paixão e o poema que importa De fones nos ouvidos sinto que a visão melhora Choro por quem já não volta e grito por quem foi embora Atraso o maximo que consigo mas chega a minha hora Talvez vos faça a vontade de me ver daqui p'ra fora E com as impossibilidades é impossivel ter paz Numa tempestade num copo visão deste rapaz Há muita gente que fala mas pouca gente faz Marco pegadas para a frente segue as que estão p'ra trás Oferece-me a oportunidade que coragem não permite E perdoa tudo o resto que esta voz omite Sinto os dedos a tremer e o coração acelerado Odeio-te por tudo por me deixares neste estado São recortes de momentos como se de um album se tratasse Mas sou rasteirado pela certeza se perguntasse Inspiro os movimentos que a noite passou para o dia Olha-me nos olhos vê-me a fazer magia (Refrão) Eu sou o vento que te passa ao lado Sou como a noite e um caderno apagado Sou um abraço que da dor te conforta Sou a paixão e o poema que importa Eu sou o vento que te passa ao lado Sou como a noite e um caderno apagado Sou um abraço que da dor te conforta Sou a paixão e o poema que importa.