Lá se vai mais um dia Olhando para o alto não vejo mais o céu Homens se matando por pedaços de papel Onde a desigualdade rende mais e faz o réu, e faz o réu Descalço na beira do asfalto O menino pedindo trocados Os poucos que acreditam na mudança Com medo ficam calados, com medo ficam calados A realidade é um banquete com fartura só pra elite Eles não entendem se vendem Por blá blá blá, disse me disse, disse me disse E a banca dos covardes de gravata é sempre mais e mais fiel Um fardo pesado sem volta Que a vida te obriga a viver Valores contrários e tá difícil de se resolver E a ponte onde passam os carros é a mesma que o faz sobreviver E a cada segundo eu vejo então a sua vida se perder Cansado, é tanta cabeçada para entender Que as coisas só mudam pra quem não tem medo e dá a cara pra bater E o seu caminhar vai te levar e te dar forças pra lutar E vai chegar a hora que eles vão tentar E vão falhar com toda a sua ambição E vai chegar a hora de se libertar E eu vou orar, eu vou orar E vai chegar a hora de se libertar E vão falhar com toda a sua ambição E vai chegar E não será em vão E não será em vão Toda luta não será em vão E não será em vão E não será em vão E não será em vão E não será em vão