Isolado do mundo Desacreditado pela massa Tradado como minoria Sem um tostão furado no bolso E agonia no coração O zoio cheio de massa E a cabeça até a tampa de cachaça Da inchada no ombro, o peso De mim a cordialidade De você desprezo Esculte o que eu vou lhe dizer Você ai que ostenta o poder Minha miséria é sua glória Mas suas mão estão sujas Com o sangue daqueles que deram o suor Pra construir seu império sem honra, sem dó Sem Dó!!! Sem aparente ameaça Tamo chegando pra quebrar sua vidraça Não importa o que você pode pagar ou o que você tem Se nossa sociedade de merda a desiguadade pode armar contra você Assim como já armou contra a grande maioria Que vive na periferia Sem ter mínimas condições para sobreviver Sua aceitação alimenta a violência O desejo subconsciente de conquista do inatingível