Sem novidade madame então segue o protocolo Faz seu trabalho, sei que seu desejo era óbito Mais um preto desestruturado pelo sistema O pobre hereditário a vítima perfeita Sem acrescer proselitismo gabaritado Porque quem sofre aqui não e o magistrado Você não entende até ver o seu filho passando fome A filha sem futuro no barraco e pobre! Não existe fome pro boy do cambuí Nem estatística de inanição pra menores Seu filho estudou no notre dame Tem as melhores roupas! Enquanto o meu passa fome Vocês queriam-me ver, catando reciclagem Sustenta 3 crianças, sem imoralidade Com 900 na mão fecho o mês no vermelho 30 dias de trabalho sem nenhum sustento E triste sim a história do brasileiro Não tô justificando porque não sou herdeiro Mais um negro tatuado, vivendo o desespero Da licença madame deixa eu enfrenta o pesadelo Movimentação que da um frio na espinha Vi um furgão que invadiu a pista Clima tenso e os primeiro disparo O companheiro baleado, tô mocozado atrás do carro Sem resistência parece cenário de guerra Nos tripé que cospe amedronta a favela Tem tiros sem advertência pra da fuga na sequência Concluído a fita agora e divisão na pista Ideia flagrada, com o a rodovia interditada Sentido a quebrada, e os bota na barba Resultado e um choque de consciência Não existe pendencia entre eu e o sistema Tamo buscando o que vocês me tira diariamente Cusao não entende que situação revoltante Quero subir de patamar sem atrasar que não merece Não vou ser estatística mortuária que padece Resumi pra você uma parte do que vocês imaginam E discrimina quem e morador de periferia Não tem imagem oculta, pra fomenta discriminação Rescreva sua tese, formando opinião