Sei que vi Também vivi muito sofrimento Mas no meu momento também tive o meu alento Conhecimento que revela A vida é uma cela A mente aprisionada E ó coração cheio de raiva Impaciência O fogo que rodeia meu espírito Me diz que eu sou indigno Quer acabar comigo Por incoerência própria Como a vida deu voltas Me colocou de frente com o passado e o agora Sem demora E num piscar de olhos quer respostas Eu quero um trago E na sequência eu trago a minha revolta Sem glória Sem pódio Ou medalha de honra ao mérito Apresento meu inquérito Dispenso o poder bélico O faturamento em espécie Não vai tirar o ódio do extremista Anônimo Um futuro genocida Quem diria que a vida É uma amarga batalha Quem vacila tem o sangue De na espada Quem traça um futuro na vida E de repente é submetido pelo destino Que nos destina A um caminho tortuoso Ao fundo do poço Ao calabouço A última lágrima cai do rosto Sentenciado a morte Até o mais forte se torna fraco Pra chegar no abismo só falta um passo O laço que te atraí É o mesmo que condena A tortura constante é a única recompensa Quem sabe uma mão se estenda E o sofrimento acabe Ou talvez o martírio vai durar até mais tarde Não sei se eu estou certo Eu travo o meu combate Mas até lá Vou caminhar Fazendo a minha parte A alegria que há de vir Já foi O sofrimento não ficou para depois Se instalou E logo prosperou Quem batalhou Quem lutou Pela sorte Ainda paga um preço caro E tem que se livrar da morte