Tu que abres os braços Para guardar salvação Que reina crucificado No inferno do sertão Que faz da mentira A soberba da vida E tira do povo o Seu ganha pão A fome que mata a sede que seca A garganta furada, a peste que infesta E o povo iludido com uma promessa Se chove no mato, o santo é que é deus Pois esse castigo você mereceu Tu que estás cansado De viver e sofrer em vão Que sofre atormentado Num império de ilusões Maldita doutrina, das cruzadas e guerrilhas Comandadas por quem no inferno dizia amém O sofrimento do povo com a navalha no pescoço O espantalho é seu santo, peça o seu socorro Espantalho, Amém!