Fui dançá com a bicharada Passei meio apertadão A onça tinha uma fia Dilicada de feição No dia do casamento Fizero grande reunião E pra não misturá raça Fez casá com primo-irmão Viado, juiz de paz Serelepe era escrivão Macaco era reverendo Lagarto era sacristão A noiva sabia assiná O noivo não sabia não Pra assiná a rogo dele Mandaram chamá o leão E despois formaro o baile O maestro era o pavão O cueio pianista Sapo tocava violão Por farta de sanfonista Rato tocou rabecão Aribu chegou atrasado Ainda pegô no pistão A preguiça e a capivara Era as dama do salão Inté indireitaro a sala Com a aquela linda feição Anér de oro no dedo Vestido de gorgorão Sapatinho de fivela Duas carrera de botão Da meia-noite pro dia Se virô em namoração Cutia namorô gato Com a réstia do lampião O cateto quando viu Logo fez revolução Quando foi daí a pouco Misturaro no facão Quebraro o violão do sapo Que ficô esmiagaiado O sapo ficô furioso Com os dois ôio arregalado Deu um pulo para o lado Ficô com o pescoço inchado O violão não era dele E o sapo tinha emprestado Jumento era o delegado Lá daquela povoação Só pra mor de otoridade Tava ele no festão Telefonou pra cadeia Veio logo um bataião Entre purga e percebejo Tinha quase treis milhão