Sexta-feira dia treze É um dia de azá O que aconteceu comigo Eu agora vô contá Entrei num sobrado véio No meio da escuridão Essa casa era afamada Diz que tinha assombração Uma voz falou pra mim Ói que eu vou caí daqui Eu então me encorajei E falei, pode caí Escuitei logo um baruio De uma coisa que caiu E apesar de ser valente Eu senti um calafrio Primeiro caiu as perna E despois caiu os braço Sempre que dizia, eu caio Já caía mais um pedaço E os pedaço ia juntando Formando um corpo di pé Por fim caiu a cabeça E formou-se o lucifér Quis gritá fartô a fala E o meu corpo estremeceu Quando arregalei os zóio Minha vista escureceu E quando a vista vortô Eu tava numa floresta Adonde as assombração Se arreuniram pra uma festa Tinha um bruto bode preto Bem assim na minha frente O lobisome limpava Fiapo de cuêro dos dente Formou-se uma ventania Com foia seca e cum pó Chegou saci-pererê Pulando numa perna só Saci chegou assobiando Muito contente da vida Pois do rabo do cavalo Fez uma trança comprida Veio a mula sem cabeça E já quis me coiceá A porca e os sete leitão Já chegou pra me fuçá Eu vi tanta coisarada Que quase louco fiquei Mas porém pra sorte minha Caí da cama e acordei Sexta-feita dia treze Não tem sorte nem azá Azá é comê e dormi Com a barriga pro á