Lá no arto da montanha Numa casa bem estranha Toda feita de sapé Parei uma noite o cavalo Pra morde de dois estalo Que ouvi lá dentro batê Apeei com muito jeito Ouvi um gemido perfeito E uma voz cheia de dô -Vancê Tereza descansa Jurei de fazê vingança Pra morde do meu amô Pela réstia da janela Por uma luizinha amarela De um lampião apagando Vi uma cabocla no chão E um cabra tinha na mão Uma arma lumiando Virei meu cavalo a galope Risquei de espora e chicote Sangrei a anca do tá Desci a montanha abaixo Galopeando o meu macho O seu dotô fui chamá Vortemo lá pra montanha Naquela casinha estranha Eu e mais seu dotô Topemo um cabra assustado Que chamando nóis prum lado A sua história contô Há tempos fiz um ranchinho Pra minha cabocla morá Pois era ali nosso ninho Bem longe deste lugá No arto lá da montanha Perto da luz do luá Vivi um ano feliz Sem nunca isso esperá E muito tempo passou Pensando em ser tão feliz Mas a Tereza, dotô Felicidade não quis Pus meu sonho nesse oiá Paguei caro o meu amô Pra morde de outro caboclo Meu rancho ela abandonô Senti meu sangue fervê Jurei a Tereza matá O meu alazão arriei E ela eu fui percurá Agora já me vinguei É este o fim de um amô Essa cabocla eu matei É a minha história, dotô