Fruta madura que cai Na arve deixa o engaço Eu também quando morrê Quero deixá o que eu faço Vou deixar minhas modinha Todas feita no compasso Pra depois da minha morte Os invejoso Não dizer que eu fiz fracasso Vou deixar moda sentida De amor, de beijos e abraço Falando da minha vida Vou contar este pedaço Já quiseram me matá Por inveja com balaço Eu sou que nem boi arisco Não sai do mato Para não cair no laço Eu gosto do mês de agosto Que tem tarde de mormaço Eu pego a minha viola E nas moda dou repasso O meu pinho é de primeira Não faio os dedo nos traço Eu canto em quarqué artura Eu tanto bão Meu peito não tem cansaço Meu ranchinho é pequinino Nele não tem muito espaço As parede são de taipa Misturada com bagaço A minha cama é de couro Dos bicho que eu mesmo caço Rancho puro sertanejo Mas ele é meu Não tem ferro e não tem aço