Ô, senhor Mais um dia de sobreviver meu Pai Nessa terra de ninguém, São Paulo, SP, senhor Pra saber O dia-a-dia vai te ensinar a sobreviver! Cidade grande, tempo curto Felicidade é a meta, dinheiro é surto Sinceridade é sorte, leio Nos olhares que a vida é uma ladeira e a gente nasce sem freio Feio, os barriga cheia secando o prato alheio Chama de irmão mas quer por arreio Leões, encontre seu dom Porque o preconceito apaga os verões, pique Lafond Corre, crise, cansa, calma Desesperança é o câncer da alma E avise daqui à Ásia que tenho a sede de vencer de um jogador de várzea Então sonha criança, sonha, não se envergonha Já passamo muito tempo de luto E pra quem torce pelo choro dos outros Nosso sorriso é um insulto Eu quero ver você feliz demais, sofredor Homem de fé, homem da city, homem do campo, homem do mundo Você merece sorrir E a gente vai ser feliz! Tempo curto, estrada longa É a tonga da mironga, o relógio zomba Onda que leva os irmãozin pro meio do mar Sem saber nadar. Por que? Responda Inveja ronda a canoa Mas cê num pode se importar mais com ela do que com as coisa boa Abre-se um novo mundo, Prometheus Cê tem mais medo do diabo ou mais fé em Deus? É a luta por um diploma, terreno, goma Carteira assinada, a saída de Sodoma É o despertar do coma, é a vida Seu visto de entrada pra terra prometida O que é seu não virá na hora errada, meu Pra voar tem que sair do ninho E quem pensa demais na chegada Perde toda a beleza do caminho Eu quero ver você feliz demais, sofredor Homem de fé, homem da city, homem do campo, homem do mundo Você merece sorrir Um pouco mais de malícia, irmão Sem perder o amor no coração Sistema é bruto, não perdoa ninguém, não perdoa ninguém Homem de fé, homem da city, homem do campo, homem do mundo Porque o ódio é alimento pro jão Eu quero mais paz e amor pro coração