Rapper Mano Daniel

Mais Um Crime

Rapper Mano Daniel


Quando ouvi a discussão com aquele fulano
Me lembrei da trêta que eu tinha arrumando
Com um maluco numa sexta-feira

Eu tava indo prô salão sem marcar bobêira
Com uma 9 na cintura e uma berêta na jaqueta

Bem máquinado de calíbre pesado e pra
Completar a parada mais cinco manos do
Lado

Entramos no carro e fomos para um salão
Lotádo aonde o têma éra hip-hop pesado

Chegando ao local a multidão aumentava
Muita rapazeada conhecida alí estava e
Muitos desconhecidos se apresentava

Quando de repente caminhando em minha
Direção um maluco veio atôna tirar
Satisfação pôrra não sei do que se trátava
Meu irmão mas sem pensar o cara partiu
Com agressão

Sem saber o que éra confuso no meio da
Multidão hávia me confundindo que cara
Vacilão

Disse que eu tinha mexido com a sua mina
Tava na cara que ele tinha usado cocaína
Ficou me tirando falando o que não sabia e
A vagabunda do lado só sorria

Já não estava suportando aquéla baixária
O vacilão me ameaçou e me esperou na
Saída com uma função do lado na expectátiva (de olho em cada esquína)

Mas na hora de sair fóra e bem na saída
Veio em minha direção puxando um calíbre
Oitão eu não pensei duas vezes e dispárei
Sem perdão

Só vi o corpo do fulano caído no chão
Entramos no carro na correria sangue bom

Saímos em dispárada até a quebrada sempre
Na atíva pra não dar mancáda

Mais um foi derrubado naquela noitada mais
Um que arrumou trêta e não aguentou carregá-la

Um vacílo que deu pra ter a vida tirada numa
Briga de salão a mórte o esperava e éra
Naquéla noite que ela à buscava

Aquele fulano parecia querer morrer chegou
Embaçando pôr meu lado sem saber o que
Se passava e foi nessa de graça tirando
Satisfação com quem não devia nada

Mais uma errada que aconteceu é está sendo
Cítada de mais um que morreu em brigas de
Salão aonde se envolveu aonde caiu e com
Quem mexeu

Mais um crime mais uma mórte
Mais um fulano sem noção que
Abusou da sórte
Veja só até que ponto a paciência
Explóde
Vida loka tem que tá sempre pronto
Prô bóte

Agóra é fóda infelizmente mais uma vítima
Mais um que foi entrando aonde não devia

Tirando a malandragem com patifária e
Pagando de ladrão perdeu a vida então
Se liga eu tenho a minha sína eu não lévo
Desáforo e passo por cima

Então me diga se é nóis que tá na atíva?
Correndo pelo certo sem hipôcresia
Respeitando o semelhante sempre é mais
Ainda porque a vida é passageira mas
Também ensina (bondade e malícia)

Porque aqui não tem comédia e as ideia
É fórte batendo de frente sem medo da
Mórte vacilão na minha réta eu quero ver
Se póde

Vou partindo prô arrebento com a minha
Glók

Tipo aquele otário que abusou da sórte
Veja só até que ponto a paciência explóde

Vai que vai bicho solto aqui não tem lóki
Préste muita atenção e vê se não se
Enpólgue

Porque se o baráto é loko a gente resólve
Seja com as matráca ou uma pistóla 9
Faço o meu córre a colêtividade é fórte
Não toléro pilãntragem tô pronto prô bóte

Meu concêito na quebrada não foi pura
Sórte respeito é pra quem tem segura a
Onda quem póde

Malandro de verdade não entra em chóque
Não dá bobêira muito menos espaço pra
Mórte

Correndo contra o tempo os ponteiros se
Móve e quem tirou de ponta à ponta as
ideia resólve mas se for safádo no tribunal
Do crime sófre

Por isso faço a minha parte e eu não passo
Pano seja pra quem for só tô evitando porque
Eu sei que ele rásga e acaba mostrando

O lado sujo dessa história que eu vou
Encerrando

Se nem tudo o que vemos é o que pensamos
Quem vê cara não vê coração nesse mundo
Insãno (nesse mundo insãno)

Mais um crime mais uma mórte
Mais um fulano sem noção que
Abusou da sórte
Veja só até que ponto a paciência
Explóde
Vida loka tem que tá sempre pronto
Prô bóte

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