"Sim, senhor" "Não, senhor" "O que devo fazer?" O soldadinho do governo corrompendo você Muitos vão morrer, poucos vão sobreviver Ninguém vai viver, ao pé da letra, eu vou dizer Voltei ao básico, estilo clássico Da Globo? Não, fantástico. Folgado igual elástico Me queima igual ácido, pior que cocaína Inverto sua mente, vou brincando com as minhas rimas Sabe que eu mudo o clima, sempre tô por cima Contra efeito neo-fascista, sou tipo anfetamina Contamina o verbalista, é o Hitler futurista O mundo é um jogo, a mesa nunca estabiliza Quem saiu está na pista, foi efeito terrorista "Sim, senhor" "Não, senhor" "Bye bye bye, Hasta la vista" É o demônio descendente da campanha racista Explodindo sua cabeça na capa da revista Psicodrama canaliza, não preciso de analista Analiso o problema, sigo forte na conquista O Rap e a moda são palavras rivais Preconceito e indiferença fazem parte dos seus pais Seu país é uma fossa, deputado fala bosta Mentindo sobre tudo e o povo aceita sua proposta Leva o mundo nas costas, chuvarada toda hora Se o governo não levou, a enchente levou embora A lama é o fim e o começo de tudo Fala no linha direta tipo telefone mudo E a polícia não quer nem saber do meu problema Aí entra em cena a podridão do sistema Assim é sem esquema, você sabe e dá trela Um crime, uma cela. Um pecado, uma vela Um tiro é uma guerra no meu verso sobre a paz Se um tiro mata um, eu mato muito mais Aqui jaz o verdadeiro inocente (Inocente?) Por que o inimigo ganha mais que um docente? A ideia é quente, corta igual uma navalha Avassala como lava sem nunca deixar falha Eu posso até cair, mas não vou ajoelhar Eu posso até sofrer, só que eu não vou chorar Você pode me bater, você pode me matar Você pode me esconder, pode tentar me calar A verdade é uma só e ninguém vai impedir Que o verso mais singelo faça a criança sorrir Você pode me bater, você pode me matar Você pode me esconder, pode tentar me calar Essa vida é deprimente, é um tédio inconsequente Viajo em lembranças, pensamentos eloquentes Sente o peso, pague o preço, esse é o drama MC's foram vendidos, corrompidos pela fama Vadia quer minha cama, covarde meu caixão Mentira que inflama, invade seu coração Será que foi em vão a luta de Mandela Se ainda morre gente de febre amarela No Brasil foi Marighella, ditadura severa Resultados de uma guerra revivendo a nova era O homem é perverso, não conhece o universo Sobrevive no inferno, mas prefere o inverso O homem também chora, o homem também erra Morre fácil e num vacilo paga o pecados na terra Selva de pedra, o profeta diz assim "Um atentado terrorista é o aviso do seu fim" Tanto faz pra mim se o futuro eu não sei As pessoas que amei, as pessoas que odiei A rosa está em coma, induzida pelo espinho Sabe que está com Deus, mas se sente sozinho Isso é tudo o que eu te digo: Que honre o compromisso Se lutar pela bandeira, que não seja omisso Um soldado submisso prefere falar de amor Pra esquecer do passado de muito luto e dor Sem rancor, por favor, tente raciocinar Vou viver pelo meu povo, vou lutar, vou cantar Não sou rei, não sou réu, toque o céu sem voar Se uma palavra basta, você tem que me escutar Cada verso é um livro, um livro sobre a vida Cada vida é uma página de história não lida Vou viver pra esquecer, vou morrer para lembrar Que a vida é uma só e não dá pra voltar atrás Eu digo nunca mais, favela tem demais O sistema é um monstro que te torna incapaz Alias, passei por muito tempo sem saber Que a vida é uma escola e a gente erra pra aprender Eu posso até cair, mas não vou ajoelhar Eu posso até sofrer, só que eu não vou chorar Você pode me bater, você pode me matar Você pode me esconder, pode tentar me calar A verdade é uma só e ninguém vai impedir Que o verso mais singelo faça a criança sorrir Você pode me bater, você pode me matar Você pode me esconder, pode tentar me calar