Noite transbordou o breu Até despir o véu Sob a ilustre luz do Sol Arrebol Arrebatou o olhar Um rei no rol estelar Traz alvorada Alvorada Quero ver o orvalho alvo que me alveja de manhã O alvoroço das asas da mente sã Quero o vento que o ventre da manhã concebeu Para folhear as árvores Quero a luz que se despoja e despeja no apogeu Tirando os sonhos do cárcere Pra voar, vem olhar alvorada Alvorada Alvorada dourada mostra diária ressurreição Renascença o viver em ascensão Inadiável o dia vai se regenerar Sem dor, sem dó, sem dolo E emerge enérgico pra quem quer buscar Um canto solar neste solo Vem olhar, vai raiar a alvorada Alvorada Na exata matemática matinal Cada dia é mais um a menos afinal Se repete a dinâmica temporal O que antecede será memorial E o que virá será convite vital Que nos faz: Alvorada, alvorada