De tardezita se acalma O vento sobre o oitão O pastiçal deita cedo Vestido de cerração. O touro rei da invernada Clarineia o recolher E frio mangueia pro mato O gado pra se aquecer... Até um angico sisudo De copa bem aprumada Baixa a aba do sombreiro Pra escorrer o frio da geada. A lua quase entanguida Pensa com o sol se casar Faz sua grinalda de nuvens Se esconde e fica a sonhar... Um bando de avestruzes Pintam a plumagem de mouro Depois procuram abrigo N’alguma cova de touro! Tranqueia só nas três pernas Um cusco em frente das casas... Urutau esconde a noite Debaixo das duas asas... Só no meu rancho barreado A geada foi mais amena O calor que faltou no poncho Sobrou na minha morena! Toureio as noites de inverno Até a pampa acordar C’um mate feito a capricho E a lida a me esperar.