Reconheci pela estampa E o jeito que se entronava, Num ruano cola atada Montaria de ginete... Tocava a tarde por frente Com o olhar no horizonte, Toureando a boca da noite Pra pousar no Alegrete. Trazia nos seus peçuelos Cheiros de sangue e fumaça, Colhidos nas arruaças Por descampados pampeanos... Peleando contra tiranos Campeando melhores dias, Junto ao negro Malaquias Parceiro de muitos anos. Carregava no semblante A intrepidez dos baguais, E cargas de tropas rivais Refletidas nas retinas... Vinha com nó pelas crinas E riscado a ponta de lança Repontando suas lembranças De fuzarcas correntinas. Além da adaga e do trinta Trazia a gaita nos tentos, Companheira de talento Nos bochinchos de galpões... Um pala roto a tirões De minuano e balaços, E um ruano batendo cascos Na direção das missões. Crioulo esteio pampeano Criado em palcos de guerras, Juca Ruivo – alma de terra – Mais arisco que urutau... Que o Jaime Caetano Braun, Afirmou que não é lenda, Pois nasceu por encomenda Nas quebradas do Jarau.