Vendeu o basto p’rum vizinho, Pra outro, pelego e xergão; Preparos de corda forte, Carona, cincha e cinchão! E feito tantos se desfez Mesmo doendo o coração Foi o sogueiro da lida E o guaipeca de estimação. Desde a barrosa do leite, Comprada a prestação, Mesmo delgada se foi, Co’as outras de caminhão P’rum matadouro no povo, Quanto à plata meu irmão, Pagou o banco e o bulicho Pouco sobrou em sua mão. Pior que isso, foi ver O caçula, meio chorão, Pedindo que não vendesse A cordeona de botão; O que é matéria se busca Talvez custe - talvez não Porém cifra nenhuma compra O que é honra e tradição! Assim perdeu tudo que tinha Terra, carroça e galpão... Para pagar os impostos Destinados pra nação. E pra família que produzia Veja a triste situação, Restou as margens da cidade E as lembranças lá do rincão!