Eu canto as dores do mundo Ao som do remo acenando Rimas de leitos profundos Que o peito vai desaguando Eu levo em mim correntezas Rebojos barcos errantes Poemas fundas grandezas Do barro azul dos instantes Eu tiro versos das águas Dos lagos rios e mares Dos prantos gotas de mágoas Sombras na luz dos olhares Eu lavo as dores do mundo Ao som do remo acenando Rimas de leitos profundos Que o peito vai navegando