Ó grande espírito Vem falar comigo Vem como um anjo amigo E escuta o meu gemido Porque os ventos que aqui Por séculos dormiam Sopram agora pavorosamente A minha agonia...Hei! Nesta montanha sagrada Como a chama que atrai o besouro Seu relevo tem o enlevo do ouro Que ao branco enlouquece Que ao índio enternece E o veio que vara seu seio Por que procuram tanto? Tanto, tanto? Se já não falo contigo Se já perderam o encanto De contemplar o infinito De sentar junto a ti à fogueira De sentir que não há cabeceira De olhar nos teus olhos Tupã E te chamar de meu amigo Tupã, te chamar de amigo