Na folga da estância, fui ver a chinoca Cheguei lá no rancho e gritei pra Miróca Em frente a cancela, cheguei me passando E entrei no terreiro, de espora cantando A mãe da Miróca, qual pata no choco Quase me atiça, um cusco pitoco A "véia" cascarra, com cara de "oveia" Parecia abixada, no tronco da "oreia" O pai da Miróca, daqueles grongueiro Inté parecia, um tatu macaiero Nos olhos do "véio" , morria um cristão Ficou me bombeando, socando um pilão Chegou a Miróca, faceira que só Bonita por dentro, por fora um socó Cheguei na xirua, fungando o pescoço E entramos no rancho, fazendo retoço Levei a Miróca, enrolada no pala E eu vinha sentindo, o buraco da bala No ronco da tripa, senti a gastura E a coisa por feia, perdeu a ternura O "véio" grongueiro, igual a um cachaço Batendo a queixada, me erra um balaço Perdi a Miróca, no meio da sala E achei a saída, no furo da bala