Naquele dia que partiste florerita Ficou tão triste, tão profundo meu olhar Rolaram lágrimas sentidas pelo rosto E até o sorriso resolveu me abandonar Restou o assombro do silêncio e a solidão Peito vazio, rancho tapera e poesia. E a lua cheia lá no alto, florerita Com tua ausência pareceu estar vazia. Na lividez da noite longa, o abandono. Perdendo o sono, vi o luar trocar de ponta. Naquele dia nem o sol nasceu tão forte Pois do sereno do meu pranto não deu conta. No teu semblante pude ver, meu bem querer Que voltarias pra esquecer aquele adeus. Porém minh'alma sem aguada dos teus olhos Passar a sede, ressecando os lábios meus. Com o silêncio aprendi na tua espera Toda saudade é pra quem parte e pra quem fica Quando a distância traduziu nosso destino Aqui estavas de chegada, florerita E junto a ti, vi meu sorriso retornar A lua cheia sem lugar pra solidão Amanheceu e o sol brilhou intensamente Ao ver-te linda, de retorno pra o rincão. Na lividez da noite longa, o abandono. Perdendo o sono, vi o luar trocar de ponta. Naquele dia nem o sol nasceu tão forte Pois do sereno do meu pranto não deu conta. No teu semblante pude ver, meu bem querer Que voltarias pra esquecer aquele adeus. Porém minh'alma sem aguada dos teus olhos Passar a sede, ressecando os lábios meus.